quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ANIMAIS EM CONDOMÍNIO: Embora este seja um direito sagrado, o seu vizinho também tem o dele.

Mauricio Aquino / KennelVeterinaria.com / 3327-9082 / Mauricio@KennelVeterinaria.com Na busca pelo melhor aproveitamento do espaço e pela popularização do valor dos imóveis, os grandes centros assumiram uma tendência irreversível: o crescimento verticalizado. Infelizmente as consequências imediatas são o aumento da densidade por m² e a perda da individualidade, resumindo, chamo isso de fenômeno do “vizinho chato”. Como resolver isso? Adaptabilidade. O homem é excelente nisso. Em condomínios, por exemplo, nos adaptamos novos hábitos, como a reciclagem, organizando o seu próprio lixo em nome da conservação do meio ambiente onde vive; nos adaptamos a economia de gás e água, principalmente, pois são bens comuns à maioria dos condomínios. Nos adaptamos aos horários de festas... de música... a vagas de garagem... e até a engolir aquele sindico chato! Resumindo, as pessoas em nome da política da boa vizinhança, têm que se adaptar a vida em grupo e, portanto, aprender a conviver com toda a sorte de regras e limites. No entanto, pelo menos num ponto, não há unanimidade, na questão da criação de animais em condomínio. Muitos síndicos usam o regulamento do prédio como se fosse uma lei divina e esquecem que possuir um cão, gato ou qualquer outro animal é um direito de propriedade amparado pela Constituição Federal no seu artigo 5°. E se esta referência não bastasse temos ainda a lei 4.591 de 10/12/1964 que dispõe “[...] cada condômino tem o direito de usar e usufruir com exclusividade de sua unidade autônoma (casa, apartamento, etc.) segundo suas conveniências e interesses, condicionais às normas de boa vizinhança”. RESUMIDAMENTE, TER UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO DENTRO DE CASA É UM DIREITO SAGRADO, ASSEGURADO POR LEI, DE TODO CIDADÃO BRASILEIRO. Nem por isso eu nego que as regras são fundamentais para o convívio em sociedade, mas devemos procurar exercitar a boa vontade e especialmente o bom senso. Os proprietários de animais que vivem em condomínio devem entender que além dos direitos que lhe são assegurados pela constituição, eles também têm deveres: • Ao levar o animal para passear, deve utilizar o elevador de serviço, com o animal contido em coleira e guia e sempre que possível, no colo; • O animal que demonstre ser temperamental deve ser mantido com focinheira e guia curta nas áreas comuns aos condôminos, pois os atos de seu animal são de sua total responsabilidade civil e penal; • Responsabilizar-se sempre pelos dejetos produzidos por seu animal, recolhendo as fezes ou procedendo, quando necessário, a devida desinfecção do ambiente, não apenas na área do condomínio, mas também fora dele; • Não deve permitir que o animal lata, continuamente, especialmente após às 22:00 hs, respeitando a lei do silêncio, fundamental ao descanso de todos os outros moradores. Mesmo assim, se houver ameaça de retirada do animal por parte da administração, procure um advogado para orientá-lo. Cada caso deve ser analisado individualmente. Para que o seu animal não seja um laço de discórdia, mas um elo de amizade, respeite as normas da boa vizinhança e lembre-se que o seu direito termina onde começa o do seu próximo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As causas dos distúrbios comportamentais estão apenas no animal?

Quando há um problema comportamental em um animal de companhia muitas vezes relaciona-se o mesmo apenas ao animal: ele é agressivo, está carente, não é social com crianças ou outros animais, é “estressado”, e uma série de outros motivos. Entretanto, essa visão de que apenas fatores relacionados aos animais são a causa dos problemas comportamentais não é correta! Por quê? O comportamento é tudo que um animal faz: comer, urinar, latir, dormir, brincar, agredir, etc. Ele é pré-determinado por características genéticas da espécie, da raça e do indivíduo. Todavia, são as interações do animal com o ambiente em que vive e com os outros indivíduos, sejam eles humanos ou animais, associadas às experiências vividas, que formam o comportamento do animal em determinado momento ou situação. Outro aspecto importante a ser analisado é o conhecimento das condições físicas, fisiológicas e mentais do animal, pois parte das alterações comportamentais podem estar relacionadas a alterações clínicas. São vários os estados patológicos que podem levar a alterações no comportamento, um exemplo clássico é a dor! Sendo assim, ao avaliar o comportamento de um animal, deve-se conhecer todos os fatores envolvidos. Não se deve analisar apenas o animal, mas tudo o que o rodeia, e necessariamente as interações com os indivíduos com os quais ele convive e com o seu ambiente. Na correção desses distúrbios deve ficar claro que são poucas as situações que têm causas apenas no animal, reforçando que o comportamento é definido por múltiplas interações as quais devem ser avaliadas de forma ampla e holística para definir como abordar adequadamente cada caso. Isso deve ser feito por profissionais especializados, e muitas vezes através da atuação de uma equipe formada por médico veterinário, comportamentalista, adestrador e, necessariamente, com a participação dos diversos elementos que convivem com o animal, sejam humanos ou animais. Assim sendo, o comportamento de um animal não deve ser analisado apenas por observações pontuais. Ao manejar distúrbios comportamentais se deverá observar criteriosamente o animal e as suas diversas interações com o ambiente e outros indivíduos. A avaliação do animal deverá ser por um período prolongado para se realizar a uma boa anamnese, formar um diagnóstico adequado e, finalmente, preconizar um tratamento clínico e/ou uma orientação de correção comportamental através de manejo que se adapte ao animal, ao seu ambiente e aos seres que com ele convivem. M. V. Leonardo Nápoli www.psicologiaanimal.com.br leonardonapoli@psicologiaanimal.com.br

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dar férias aos cães em vez de abandoná-los


"Há pessoas que, pelo amor e respeito que nutrem pelos seus amigos de quatro patas, vão de férias mas deixam os seus animais aos cuidados de um hotel para cães, o Le Petz, no Loreto. Há abandono de animais, mas há também bons exemplos que devem ser apontados. E seguidos...

O abandono dos animais domésticos é uma triste realidade, para a qual a população deve ser alertada e sensibilizada. Contudo, há também que reconhecer as pessoas que nutrem um enorme amor e respeito por cães e gatos e que, inclusivamente acabam por dedicar a sua vida a estes. É o caso de Graça Pereira da Rosa que, com o seu marido Fernando, abriu há três anos o primeiro hotel para cães e gatos da Madeira, situado no Loreto, Calheta. Cansada da sua profissão, e com vontade de fazer alguma coisa que a deixasse mais feliz, surgiu a ideia de se dedicar a tempo inteiro aos animais domésticos. Assim, teve a ideia de abrir o espaço, denominado Le Petz.

Ali, recebe e cuida principalmente de cães. Na visita que o JM fez ao hotel, na sua companhia, e em que as 26 jaulas estavam todas ocupadas, Graça Pereira apresentou-nos pelo respectivo nome a todos os cães que tinha ao seu cuidado, enquanto os donos gozam das suas férias. Carinhosos, procuravam por uma “festinha” da responsável e da visitante. Em jaulas com o dobro do tamanho do exigido por lei, e com espaços de recreio também de grandes dimensões, os animais gozavam ali umas férias na companhia uns dos outros.

«Os maiores canis têm nove metros quadrados e os menores têm 7,40 metros. Aquilo que é pedido por lei, e para os cães de porte gigante, que são poucos, é um canil com 4,3 metros. Portanto, nós estamos muito acima o que também nos permite conservar famílias caninas juntas. Ou seja, dois cães da mesma casa conseguem ficar juntos. Se ficassem separados entristeciam», reconhece. Os ninhos, ou casas, são também de dimensão superior, bem como as cinco zonas de recreio, usadas duas vezes por dia pelos animais, na companhia de humanos.

Graça Pereira da Rosa diz que um dos aspectos mais gratificantes do seu trabalho é, por um lado, a retribuição com carinhos dos cães e gatos, mas também o contacto com pessoas que gostam de animais e que os tratam bem. «Uma das alegrias do meu trabalho é conviver com as pessoas que cuidam bem dos seus animais. As pessoas que gostam dos animais são geralmente boas pessoas», sublinhou.

Ali, no Le Petz, os animais podem ficar hospedados com a segurança deixada aos donos de que serão bem tratados. Nota-se essa atenção desde o primeiro momento, em que os clientes de quatro patas têm de ter as vacinas em dia, incluindo a vacina da tosse de canil, explicou a proprietária. Actualmente a cuidar de 30 cães e de dois gatos, Graça Pereira da Rosa recordou que uma das razões que a levou a «dar um tiro no escuro» e apostar naquela unidade hoteleira foi porque, em conversas com amigos e conhecidos, estes queixavam-se «da prisão» que era ter cães, por causa das férias. «Tinha até amigos que queriam ter animais mas que sentiam que seria uma prisão, nas férias, em caso de doença e até por motivos de doença ou de viagens de trabalho».

E pela procura, que conta não não só com clientes madeirenses, como estrangeiros, nomeadamente ingleses, alemães, russos, brasileiros, um japonês, holandeses, por exemplo, a aposta revelou-se de sucesso. No Verão, tem sempre as jaulas de hospedagem cheias. Mas, a taxa de ocupação é igualmente alta nos 15 dias de Natal e na Páscoa. O Carnaval já é um momento festivo que motiva mais procura pelos donos dos animais, o que acontece também com os chamados fins-de-semana grandes.

No que se refere a preços, Graça Pereira da Rosa explicou que há quatro níveis de acordo com o tamanho dos cães. O mais baixo é de dez euros por noite se usarem a ração do Le Petz ou 9,50 se os donos fornecerem a ração. O preço mais alto é para cães gigantes, de 14,5 euros com ração por conta da hospedagem e 13,75 euros com os clientes a levarem os alimentos. «Temos preços especiais para estadas prolongadas, atingindo as duas semanas, três semanas ou mensalidades. Fazemos um desconto pelo segundo e terceiro cão de uma família com mais de um animal».

No respeitante a gatos, são 7,5 euros por noite com a nossa razão ou 7 euros com ração própria. A nível de grupo e de estadia, também se aplicam os mesmos descontos.
Esterilização em massa para evitar tantos animais

Graça Pereira da Rosa considera que o abandono de animais é «uma situação vergonhosa para o nosso país». Entende que os animais «são cidadãos do país mas sem sem direito a voto» e lamenta que não se pense seriamente nos problemas dos cães e gatos. «Ninguém pensa neles, o que as pessoas dizem é que já há gente com tantos problemas porque vamos pensar nos animais? Mas as pessoas têm problemas sem ter culpa deles mas muitas vezes são culpadas e os animais nunca têm culpa. É preciso ajudá-los», sustentou. Uma grande ajuda ao problema seria a esterilização em massa, defendendo que que o Governo deveria dar atenção a essa possibilidade e não apenas as associações que promovem a adopção e que procedem a esterilização dos animais ao seu cuidado.

«Uma cadela não esterilizada tem seis a oito filhotes de seis em seis meses. Desses, as fêmeas acabam por ter filhotes. É uma progressão matemática infinita. É preciso esterilizar, nem que seja para depois os deixar onde estão, para não haver mais filhotes». A proprietária do Le Petz, que chega a ser surpreendida com ninhadas abandonadas nas portas do hotel, defende que o controlo de natalidade é essencial.
Jaulas de hospedagem sempre cheias no Verão

A Sociedade Protectora dos Animais Domésticos tem as jaulas destinadas à hospedagem cheias no Verão, e sempre em circulação desde Junho. Há até listas de espera em caso de desistências. De acordo com Nuno Margarido, da direcção da SPAD, os períodos de férias e os festivos, como o Natal, a Páscoa ou outros que propiciem dias de descanso prolongado e fora da região, levam a que muitas famílias procurem a SPAD para deixarem os seus animais em segurança. Ao longo do ano, as jaulas não enchem, mas há alguma procura. Com seis jaulas para cães e seis para gatos, a Sociedade conta actualmente com 12 animais por semana, com uns a sair e outros a entrar.

«O animal é visto pelo veterinário quando entra, tem de ter as vacinas e a desparasitação em dia. A pessoa vai com a garantia de que vai de férias descansada e que o seu animal está a ser bem cuidado e alimentado à nossa guarda», assegurou Nuno Margarido. A tempo médio de hospedagem é de uma semana a 15 dias. «Se for muito tempo, o animal sente falta do dono», comentou. No entender do responsável, quem tem e gosta dos seus animais tenta mantê-los em segurança e com os devidos cuidados quando sai de férias. Se não for através da SPAD, os donos tentam arranjar um vizinho ou familiar que cuide.

Quanto aos preços, o serviço de hospedagem custa cinco euros/dia para gatos e 6,5 euros/dia para os cães, com direito a ração, referiu ainda.
Sensibilização e adopção online

Com o fenómeno do abandono de cães a ganhar contornos alarmantes no país, há que reconhecer o trabalho voluntário de pessoas que estimam os amigos de quatro patas. Para além dos trabalhos desenvolvidos pelas associações, destaca-se o recurso às redes sociais para passar a mensagem de que estes seres vivos merecem respeito e consideração. Dando voz aos abandonados, refira-se, por exemplo que, no Facebook, existem pessoas, grupos e páginas de apelo à adopção, que mostram fotografias de cães e gatos que precisam de novas casas e famílias. Também o problema a nível regional é apontado. Assim, associações e pessoas usam os seus murais para partilharem imagens e apelarem às adopções ou, pelo menos, a que surjam Famílias de Acolhimento Temporário (FAT) ou Famílias de Acolhimento Definitivo). Apontamos o exemplo da página madeirense “O nosso refúgio”, (http://facebook.com/associacao.onossorefugio), atenta aos animais abandonados por toda a ilha.
Não se pode culpar as férias pelo abandono

Com 350 animais a viverem na SPAD (300 cães e 50 gatos), a Sociedade Protectora dos Animais Domésticos lamenta que haja tantos casos de abandono. Mas, como sublinhou Nuno Margarido, não se pode culpar as férias por estas situações. A seu ver, «quem abandona, fá-lo o ano inteiro, mas quem não abandona também não o faz nas férias. Há sempre o cuidado em tentar arranjar quem fique. Infelizmente, há ainda muita gente a abandonar os seus animais durante todo o ano. Em tempo de férias, a consciência das pessoas deve ser no sentido de arranjarem quem vá alimentar o seus animais ou deixá-los na SPAD».
SPAD promove campanha para voluntários passearem cães

A Sociedade Protectora de Animais Domésticos deu início a uma campanha para voluntários que queiram passear os cães que se encontram na SPAD. Intitulada “Circula-cão”, a iniciativa convida os interessados a passear «um amigo de quatro patas».

«Os animais estão em canis, estão em jaulas e também precisam para o seu bem-estar de andar, de fazer exercício», salientou Nuno Margarido, um dos responsáveis pela SPAD, que considerou ainda que esta campanha pode colmatar a falta de voluntários da SPAD. A sua esperança é que, para além da ajuda aos animais, esta acção sensibilize mais para a problemática dos cães abandonados e que também possa potenciar a adopção.
A campanha iniciou-se há uma semana, contando com mais de dez adesões.

A “circula-cão” decorre de segunda a sábado. Durante a semana, é durante todo o dia e, aos sábados é de manhã. Os voluntários podem passear os animais por meia hora ou mais tempo, numa área junto à sede da SPAD, no antigo matadouro regional, cedido pela Câmara Municipal do Funchal.

O responsável acredita que aparecerão pessoas de todas as idades para participar na “Circula-cão”, explicando que a acção foi lançada no verão para que o período de férias da generalidade da população possa, também, ser aproveitado para este fim. “Desde jovens a pessoas de mais idade ou moradores que não têm cães porque estão num apartamento, esperamos pessoas de todas as gerações”, declarou Nuno Margarido, garantindo que “o animal a entregar ao voluntário está de acordo com a fisionomia da pessoa». As crianças poderão também passear um cão, desde que acompanhadas por um adulto. «Eu considero que o projecto tem uma tripla acção: é bom para o animal, bom para o voluntário porque ocupa o seu tempo, bom para a SPAD porque não tem pessoal suficiente»".
Fonte: http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=14&id=193744&sdata=2011-08-29

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Medicamento veterinário genérico - bom para o Brasil

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - 22 horas atrás
Medicamento veterinário genérico - bom para o Brasil
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O Brasil poderá passar a contar com medicamentos genéricos de uso veterinário, a exemplo da já bem sucedida experiência dos remédios genéricos de uso humano.
Medicamento genérico é aquele que contém os mesmos princípios ativos, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica que medicamento registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Para obter o registro do produto genérico de uso veterinário, as empresas deverão comprovar, junto ao Mapa, que o mesmo apresenta bioequivalência em relação ao produto já existente, equivalência terapêutica nas espécies animais a que se destina e taxa de excreção e determinação de resíduos equivalentes às do produto de referência.
Certamente os preços apresentarão reduções importantes, em alguns caso até 45% a menos do preços praticados, permitindo reduzir custos de produção sem perder a qualidade da produção de origem animal.
Também irá melhorar a relação de competitividade, especialmente com os Países do Mercosul, onde os preços dos medicamentos veterinários são muito inferior aos praticados no Brasil.
Também as pessoas que tem em seus domicílios os chamados "animais de companhia" (cães, gatos, pássaros) poderão melhorar a qualidade de vida deste, possibilitando um manejo sanitários melhor, oportunizando até as pessoas de baixa renda da convivência sadia com estes animais.
Tão importante é o tema, que o mesmo foi citado pelo novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, por ocasião de sua posse no último dia 23 de agosto.
No dia 29 de agosto, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, atendendo a requerimento de minha autoria, realiza Audiência Pública durante a Expointer, em Esteio, para discutir a questão. O encontro acontece às 14h, na Casa da Assembleia do Parque de Exposições Assis Brasil.
Fica o convite para todos participarem.
* Deputado Estadual (PMDB)
http://al-rs.jusbrasil.com.br/noticias/2814854/medicamento-veterinario-generico-bom-para-o-brasil

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Cachorro expulso de condomínio suscita debate


Foi preciso que um caso em Araraquara reanimasse a controvérsia sobre animais em condomínios. Enviada notificação a morador sobre barulho do seu cachorro, que latia o dia inteiro, o inquilino não tomou providências.
Tentou-se de tudo para dar solução amigável ao caso, mas, sem alcançar um consenso, o jeito foi levar o litígio à justiça. Que, para surpresa de alguns, determinou que o animal deixasse o condomínio, sob multa de R$ 700 por dia caso permanecesse. Após a sentença, o dono saiu do apartamento, levando consigo o cachorro.
Quer dizer, então, que a Justiça tem o direito de expulsar um animal do condomínio? Tem, sim. Ainda que haja diversos casos em que as reclamações sobre barulhos de animais decorram muito mais da implicância de moradores com cachorros e gatos, as proporções tomadas pela situação às vezes são graves.
Se um morador não dorme de noite por conta do barulho emitido em apartamentos próximos por conta de um animal, será que não estaria na hora de pensar no direito ao sossego? Não seria importante refletir se as regras combinadas internamente estão adequadas? Afinal, o que podem os moradores fazer em uma circunstância como essa?
Uma sequência adequada para resolver o problema indicaria uma conversa direta entre o morador e o proprietário do animal, em primeiro lugar. Caso não resolvam, as partes podem apelar para a intervenção do síndico.
Devem também expor o problema em assembléia. Ao proprietário do animal, devem ser enviadas notificações. Se nada disso funcionar, em último caso, a questão deve ser encaminhada aos tribunais de Justiça.
A Constituição brasileira dá subsídios jurídicos tanto para os defensores dos direitos dos animais quanto para os defensores do direito dos moradores. Nesse sentido, a jurisprudência nacional tende a não obstaculizar de forma absoluta o direito de proprietários de terem animais em condomínios.
Porém, em casos de grave perturbação ao descanso dos demais moradores, alguns juízes convém em emitir sentenças que limitem o barulho dos bichos. E limitar o barulho dos bichos, muitas vezes, só quer dizer uma coisa – tirar o cachorro do prédio.
Evidentemente, é preciso que muita conversa tenha se desenrolado até que a atitude de entrar na justiça seja a solução mais viável. Isso porque, embora em alguns casos o trâmite do processo tenha sido rápido, durando poucos meses, não é comum que a sentença seja contra o proprietário do animal.
É preciso que muita coisa esteja fora do lugar para que o juiz decida a favor do morador incomodado. Por exemplo, que a intervenção do síndico na questão tenha sido infrutífera. Ou que, após receber notificação, o proprietário do animal não tenha tomado nenhuma precaução para resolver o problema. Ou seja, antes de apelar aos meios judiciais, conversas com o proprietário do cachorro são fundamentais.
Ninguém, em sã consciência, compra um apartamento disposto a enfrentar problemas com vizinhos. A questão dos animais em condomínios, porém, não é de fácil solução. O problema existe há tempos e é um daqueles espaços em que a justiça não consegue chegar a uma solução que agrade há todos. Convém, porém, evitar que ocorram abusos.
Nesse sentido, é válido lembrar que o animal pode ser sim expulso do condomínio, como mostrou o caso em Araraquara. O que não quer dizer que o animal seja o culpado pela situação. Na maior parte dos casos, é sim, uma vítima. Um cachorro que late o tempo integral, por exemplo, pode não estar sendo bem cuidado ou estar sob forte estresse.

Lincoln César do Amaral Filho
Diretor da Superlógica e do portal LicitaMais e especialista em condomínios
http://www.odiario.com/opiniao/noticia/468598/cachorro-expulso-de-condominio-suscita-debate/ ODIARIO.COM

terça-feira, 16 de agosto de 2011

UFSC terá cursos de Meteorologia e Medicina Veterinária no próximo vestibularEdital para o concurso de 2012 será lançado nesta segunda-feira

O edital para o vestibular 2012 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) será lançado nesta segunda-feira. Entre as novidades está a criação de dois novo cursos: Medicina Veterinária, no campus de Curitibanos, e Meteorologia, em Florianópolis. No total, serão oferecidas 5.901 vagas em 84 cursos e habilitações. As inscrições para o vestibular iniciam no dia 20 de setembro e seguem até 19 de outubro, no site www.vestibular2012.ufsc.br.

Aprovada em junho deste ano, a criação do curso de Medicina Veterinária foi idealizada com base no perfil agropecuário e agrário do mercado de trabalho do Planalto Serrano e Meio Oeste do Estado. No início, o curso deve oferecer 40 vagas. Já o curso de Meteorologia foi elaborado ainda em 2010, e também estreia no vestibular de 2012.